São Paulo encanta. A arquitetura é um dos pontos altos da paisagem paulistana. Construções do século passado, dos mais variados estilos, atraem os olhares de quem vive e de quem visita a capital. Arquitetos consagrados, brasileiros e de outras partes do mundo, encontraram nessa metrópole cosmopolita um cenário perfeito para desenvolver sua criatividade. Mas não é só isso: museus especializados, com acervos valiosos sobre design e decoração, são um atrativo a mais para quem quer entender melhor a evolução urbana da cidade e do país.

Ícones da arquitetura e da história paulistana. Conheça edifícios-símbolo da cidade.

Que tal um passeio por essas joias da arquitetura paulistana do século passado? Preparamos aqui um roteiro especial dos pontos mais tradicionais aos mais inovadores e surpreendentes, para você mergulhar nesse universo. Veja só as nossas dicas:

Tour pelo centro

Martinelli, Itália e Copan. No coração de São Paulo, esses três edifícios são uma boa mostra do que a cidade ganhou de melhor no século passado. O Martinelli foi o primeiro arranha-céu paulistano, com seus 30 pavimentos, ostentando por muitos anos o título de prédio mais alto da América Latina. O Itália, tombado pelo Patrimônio Histórico, é um marco da arquitetura brasileira com seus 46 andares e 169 metros de altura. E o Copan, obra de Oscar Niemeyer, impressiona por suas curvas e por seu gigantismo, com 1.160 apartamentos e mais de 70 lojas.

Farol Santander

O nome oficial é Edifício Altino Arantes. Mas também já foi conhecido como Edifício Banespa. Com projeto inspirado no Empire State de Nova York, tem 160 metros de altura, com um magnífico mirante de 360 graus que proporciona impressionante vista da cidade. Cafeteria, bar, espaços para exposições e até atividades esportivas, além de um museu que reproduz uma antiga agência bancária, tornam o Farol uma visita das mais interessantes para pessoas de qualquer idade.

Parque Casa Modernista

A Casa Modernista é considerada a primeira obra de arquitetura moderna no Brasil, tendo sido projetada pelo arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik para servir de moradia a sua família. Concluída em 1928, a obra gerou forte impacto à época, por suas linhas retas e não possuir excesso de ornamentos, algo recorrente nos projetos daquele período. Foi assim um verdadeiro marco da transição do estilo clássico para o modernismo. Transformado em um parque público pela prefeitura de São Paulo, o espaço reconstitui, ainda, o paisagismo original assinado por Mina Klablin.

Casa de Vidro

A famosa Casa de Vidro, um símbolo do modernismo brasileiro, foi erguida na década de 1950, fruto da genialidade da arquiteta Lina Bo Bardi. Cercada de densa vegetação, a construção ocupa um terreno desnivelado, sustentada por pilotis de aço e concreto que fazem com que o prédio pareça flutuar sobre o vazio com suas grandes janelas de vidro. Vale a pena, pode acreditar, uma passada pela Rua General Almério de Moura, n. 200, Morumbi.

Museu da Casa Brasileira O Museu da Casa Brasileira é dedicado a retratar a evolução e a diversidade da moradia no Brasil, desde os tempos mais remotos, pelo viés da arquitetura e do design. Seu acervo inclui móveis e objetos representativos da casa brasileira desde o século XVII até os dias de hoje, além de uma mostra que retrata o cotidiano do casal Renata Crespi e Fábio Prado, protagonistas de transformações históricas, culturais e urbanísticas na cidade, e moradores originais do prédio em que se situa, na Avenida Brig. Faria Lima. Exposições temporárias e uma intensa programação de palestras e eventos completam as atividades do museu, contribuindo para o debate de temas como urbanismo, habitação, economia criativa, mobilidade urbana e sustentabilidade.