O conceito é universal, foi definido pela União Europeia e encampado pela ONU: Smart Cities, ou cidades inteligentes, são sistemas de pessoas que interagem e usam energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. 

Smart-cities: tecnologia a serviço da qualidade de vida da população

 Parece complicado, mas há uma forma bem mais simples de resumir tudo isso: Smart Cities são cidades que usam a tecnologia para desenvolver soluções que facilitem a vida dos seus moradores e protejam o meio-ambiente.

Soluções para um mundo melhor

É fato que o mundo está cada vez mais urbanizado. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam que daqui a 30 anos a população mundial chegará a cerca de 9 bilhões de habitantes, dos quais 70% estarão vivendo nos grandes centros urbanos. E isso exige soluções ousadas, rápidas e eficazes.

Em uma Smart City, é a tecnologia que possibilita a implementação de ações nas diversas áreas fundamentais para o bem-estar do cidadão, tais como economia de energia, moradia, mobilidade, controle da poluição ambiental, serviços de saúde, acesso à educação, saneamento básico, geração de empregos, destinação do lixo e de resíduos sólidos e transparência da gestão pública.

Apesar de ser um conceito ainda muito recente, cidades em todo o mundo já buscam incorporá-lo, planejando o futuro de forma mais sustentável, atendendo às necessidades sociais e econômicas da sociedade.  Um ranking mundial criado para avaliar as Smart Cities apontou Singapura como a mais inteligente das cidades do planeta. Entre outras medidas, pesaram na escolha um sistema inteligente de controle de trânsito que permite aos motoristas economizarem até 60 horas por ano nos deslocamentos, transporte público autônomo, sem motoristas e condutores, videomonitoramento inteligente da polícia em tempo real para reduzir a incidência de crimes e um serviço de vídeo-consultas disponível 24 horas por dia para a população, especialmente na terceira idade.

Trazendo o assunto para mais perto de nós, vale destacar que São Paulo aparece na 116ª posição nesse ranking. No entanto, ainda há um grande avanço a ser feito. Mas ações menos sofisticadas, como o investimento em mobilidade urbana sustentável, com ciclovias e corredores de transporte coletivo, foram consideradas na avaliação como bons exemplos do que pode fazer a diferença.

A era dos edifícios inteligentes

A transformação das cidades inteligentes, contudo, não é algo que depende apenas do poder público. Há iniciativas particulares que se enquadram nesse conceito e que representam melhorias reais para a vida das pessoas. Os edifícios inteligentes seguem esse caminho. Conhecidos como smart buildings, são uma tendência do mercado global. Construções altamente tecnológicas, como se fossem “seres vivos”, onde economia, sustentabilidade, conforto e segurança resultam da alta utilização de recursos tecnológicos.

Nesses prédios, sistemas automatizados de coleta e gerenciamento de dados permitem o monitoramento de todas as atividades, identificando e corrigindo problemas praticamente em tempo real.  Assim, é possível operar de forma inteligente, sistemas de acesso e segurança, iluminação, controle de temperatura, uso de elevadores, aproveitamento do vento e do sol e reaproveitamento da água em reuso.  Tudo isso, com economia de custos e maior eficácia, beneficiando diretamente aos moradores ou usuários de unidades comerciais.